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VALOR EXATO ACISC - 21 de agosto

COMPORTAMENTO CAMBIAL E COMPORTAMENTO DE CUSTOS E PREÇOS

 

Conjuntura de Custos e Preços. A cotação cambial entre a moeda brasileira e o dólar demonstra que um novo cenário vai começar para os arranjos produtivos nacionais. O comportamento dos preços no atacado (IPA), segundo o Portal de Índices da Fundação Getúlio Vargas, mostra o aumento nos meses de junho e julho.

O IPC medido pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) registrou, por sua vez, estabilidade. Logo, há um descompasso já conhecido dos economistas e empresariado. A transferência dos preços do atacado para o consumidor é mais ou menos rápida a depender das circunstâncias ou comportamento da demanda.

Se o efeito cambial encarece as importações, a demanda por bens de consumo importados cai. Mas a demanda por insumos e bens de capitais não necessariamente. O Brasil abriu mão há décadas de orientar o seu próprio desenvolvimento industrial com políticas seletivas de competitividade.

O efeito atual é a dificuldade de substituir componentes, partes e produtos importados com escala suficiente a preços estruturalmente competitivos. Diante das circunstâncias o desenvolvimento da produção local não encontra demanda a ponto de estimular novos investimento e o comportamento cambial também é incerto.

Parece existir ciclos de apreciação e de depreciação cambial. Logo, a decisão de investimento de médio e longo prazo não pode ser sustentável, a depender da complexidade do investimento produtivo e da condição financeira dos clientes nos respectivos segmentos.

Como conclusão deste cenário há pressão para o aumento de preços ao consumidor em breve, o que não combina com o cenário de redução dos rendimentos no mercado de trabalho. Diante do modelo econômico brasileiro, o resultado parece ser de um outro choque de oferta, agora oriundo do aumento dos custos de produção.

Modelo Econômico. Em termos de modelo econômico ou macroeconômico, o atual Governo escolheu deixar o câmbio flutuar como um ajuste natural em relação às políticas fiscais e monetárias. Diante de uma política monetária provedora de liquidez ao sistema para reduzir o risco de insolvência de empresas no curto prazo, a política fiscal ganha atenção do mercado.

Se a âncora possível é a Fiscal, então isso significaria a reafirmação do teto dos gastos?! Não necessariamente, mas certamente os auxílios emergenciais deviam continuar para que a capacidade financeira das empresas fosse estabilizada.

Se houver condições de ampliar a eficiência tributária, o volume de gastos derivados do auxílio emergencial, multiplicará a renda e os tributos arrecadados. Do contrário, se consolidaria a simples transferência de recursos sem fortalecimento da arrecadação.

Uma saída às alternativas de reformas administrativas em ritmo de Fórmula Um seria considerar a proposta de Reforma Tributária e seus meios de arrecadação que favoreçam as classes que gastam quase a totalidade de seus rendimentos e tributem as que menos consomem em relação aos rendimentos. Inclusive ganhos de capital.

Com a indefinição e sem travas à saída de capitais, a cotação cambial pode ser mais descontrolada e o risco da inflação passará a existir. Logo, há urgência em redefinir o teto de gastos com uma estratégia para o auxílio emergencial e investimentos de infraestrutura; e rever a tributação sobre os 15% mais ricos da pirâmide social.

O Brasil está entre escolher privilégios tributários e sustentar a repatriação de recursos dos mercados financeiros para os países desenvolvidos ou criar uma expectativa ao mercado nacional e a milhares de entrantes anuais na força de trabalho. Além, dos milhões que se encontram fora da força de trabalho.

A situação parece que será definida pela tendência da inflação. Mas o dilema entre mercado e tributação é uma incógnita.

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