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Rendimentos e Inflação no Brasil Recente

A estatística de rendimentos médios dos brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, apontou o valor médio de R$2.511,00 no território nacional para o trimestre de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022. O valor é 8,8% menor do que o rendimento auferido pelos brasileiros no trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021.

A queda de rendimento ocorreu para empregados dos setores público e privado, com e sem carteira. Os rendimentos dos empregadores (empresários) e trabalhadores por conta própria também foram reduzidos. As maiores reduções ocorreram no setor público, com queda de 13,7%, seguido de empregadores com queda de 8,8%.  No Estado de São Paulo o comportamento médio dos rendimentos é similar ao do território nacional. No último trimestre do ano de 2021 o IBGE havia registrado redução dos rendimentos médios dos paulistas de -14,5% quando comparado aos rendimentos médios do último trimestre de 2020.

As reduções ocorreram não só pelas dificuldades quanto a obtenção da de recomposição salarial, mas também pelo aumento da taxa de inflação. Na Tabela 1 apresenta-se os dados da inflação acumulada para os três últimos anos.

 

                                                                   

Nos anos de 2020 e 2021 a recomposição salarial cedeu lugar à manutenção do emprego e, portanto, o aumento da taxa inflacionária reduziu o poder de compra de trabalhadores do setor formal e informal. Em janeiro de 2022 a taxa de inflação, medida pelo IPCA, atingiu 0,54%; em fevereiro a inflação passou a 1,01% e no mês de março para 1,62%. Com esses registros, o poder de compra da população continua em queda.

No Estado de São Paulo, no mês de março, o aumento de preços mais elevado aconteceu para alimentos e bebidas, transporte e vestuário, como demonstra a Figura 1 a seguir:

 

FIGURA 1 – Variação de Preços para Grupos de Bens de Consumo

 

Nessa conjuntura, a liberação do saque extraordinário de R$ 1.000 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que começará no dia 20/04 é um certo alento. Recebem os trabalhadores nascidos em janeiro. O pagamento será feito conforme o mês de nascimento do trabalhador e vai até o dia 15 de junho.

A liberação extraordinária corresponde, de acordo com a Caixa Econômica Federal, a cerca de R$ 30 bilhões e beneficiarão aproximadamente 42 milhões de trabalhadores. Muito provavelmente, esses recursos serão direcionados ao consu

Apesar de paliativa, a medida beneficia a multiplicação de gastos na sociedade. Mas, a expectativa de inflação para os próximos meses é que mais beneficiará a população. Segundo as estimativas do Banco Central do Brasil, a inflação em abril será de 0,75% e de maio negativa.

A partir do mês de junho não se espera reduções, mas aumento. Logo, o comportamento do varejo deve se ajustar em termos de oferta de “ticket médio” de suas mercadorias.

 

                    Fonte: Banco Central do Brasil.

               

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