Produto Interno Bruto de 2023

O crescimento econômico de um país é uma matéria importante para a política nacional, de estados e municípios. O crescimento é uma evidência de que as ações políticas estão no curso correto e atendem às expectativas dos agentes econômicos.

A medida do crescimento econômico é dada pela variação de um período para outro do Produto Interno Bruto (PIB), qual seja, o conjunto de bens e de serviços produzidos. Quando a taxa observada confirma as expectativas, os agentes econômicos entendem que seus modelos mentais de previsão estão corretos, e assim, sentem-se seguros para continuar agindo da maneira que no passado recente.

Divergências entre valores esperados para o produto interno e a taxa observada obriga à ajustes quantitativos de volume de insumos, produtos, emprego de pessoas na força de trabalho. 

O cálculo do Produto Interno Bruto a preços de mercado, compreende o somatório de impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e serviços.

Para o Governo Federal, a medida de crescimento econômico é importante porque ela justifica suas políticas, permite manter a dívida pública estável em relação ao produto interno e favorece a popularidade da presidência e da sua equipe econômica.

No ano de 2023 ocorreu uma mudança drástica da política, e por isso, o fechamento da taxa anual era muito esperado. Segundo O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE o PIB de 2023 variou positivamente em 2,9% com relação ao ano de 2022.

O setor da agropecuária continua definindo a perfil econômico do país, seguido pela importância do consumo das famílias, do setor de serviços, consumo do governo e da indústria. Esta última teve a menor taxa de crescimento dentre os setores produtivos e por isso representa a maior preocupação do governo federal.

O consumo do governo aumentou em 1,7%, contra o aumento de 1,6% da indústria. O problema do crescimento da demanda do governo é que ela deve ser financiada por tributos e dívida. E ambos estão crescendo no Brasil, reduzindo a renda pessoal disponível. Sendo assim, o consumo do governo é um adversário do consumo das famílias.

A agropecuária cresceu 15,1% no ano de 2023, o consumo das famílias foi expandido em 3,1%; o setor de serviços cresceu 2,4%. Os investimentos, item capaz de aumentar a empregabilidade e a criação de novos negócios, foi negativo em 3%!

Este resultado é uma demonstração das políticas contraditórias, com foco popular, e que não transformam estruturalmente o país. Demanda de curto prazo, sem investimentos produtivos positivos, não sustentam políticas econômicas vigentes.   

(Redação: Elton Casagrande)

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