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São Carlos gera 239 novos empregos formais em setembro, com destaque para o setor de serviços 31/10/2025

São Carlos gera 239 novos empregos formais em setembro, com destaque para o setor de serviços

Cidade encerra o nono mês do ano com 90,8 mil vínculos ativos; educação e saúde puxam contratações no setor público, segundo análise da ACISC

São Carlos encerrou o mês de setembro com saldo positivo de 239 novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), analisados pelo Núcleo de Economia da ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos). 
 Foram 4.106 admissões e 3.867 desligamentos, totalizando 90.823 vínculos formais. O resultado reforça o crescimento consistente do mercado de trabalho local, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria. 

Setor de serviços lidera as contratações

O setor de serviços foi o grande destaque de setembro, responsável por 151 novos empregos. Dentro dele, as áreas ligadas à administração pública, defesa, seguridade social, educação e saúde humana concentraram as contratações. A educação liderou com 47 novos contratos, seguida pela administração pública e seguridade social, e pela saúde e serviços sociais. 

Segundo o economista da ACISC, Elton Casagrande, os números refletem a importância do setor público na manutenção da estabilidade econômica da cidade. “O setor de serviços continua sendo o principal motor do emprego formal em São Carlos. Em setembro, o destaque ficou para as áreas ligadas à administração pública e à educação, que responderam por mais de 70% das vagas criadas no setor. Isso mostra o peso das políticas públicas e dos serviços essenciais no equilíbrio do mercado de trabalho local”, destacou Casagrande. 

Indústria e agropecuária mantêm bom desempenho

A indústria foi o segundo setor que mais contratou, com 142 novos postos, impulsionada por segmentos da transformação e metalmecânico, enquanto a agropecuária registrou 21 novas vagas. O comércio teve saldo positivo de 16 empregos, demonstrando estabilidade antes do período de contratações natalinas. 
 Já a construção civil apresentou queda, com 91 desligamentos a mais do que admissões, em função do encerramento de obras de infraestrutura e ajustes de planejamento. 

Casagrande observa que esse comportamento é comum nesta época do ano. “A construção civil passa por um momento de realinhamento, muito associado à conclusão de obras públicas e privadas. O importante é observar que o saldo geral do município se mantém positivo, o que demonstra resiliência econômica e capacidade de recuperação”, analisou o economista. 

Análise da ACISC: cenário é de otimismo 

Para a presidente da ACISC, Ivone Zanquim, o resultado de setembro é motivo de otimismo e confiança. “Fechamos o nono mês do ano com saldo positivo e acima das expectativas. São Carlos mostra sua força empreendedora, mesmo em um cenário de ajustes em alguns setores. Ver o setor de serviços e a indústria em alta é um sinal de que estamos no caminho certo para encerrar 2025 com bons resultados”, afirmou. 

Ela também destacou o impacto direto do emprego na economia local. “Cada vaga criada significa mais renda circulando no comércio, mais consumo e mais desenvolvimento. A ACISC continua acompanhando de perto os indicadores e apoiando ações que fortaleçam o ambiente de negócios e a geração de oportunidades”, acrescentou Ivone. 

Expectativa para o fim do ano

Com a aproximação do fim do ano, a expectativa é de aumento nas contratações temporárias e nas horas extras, especialmente no varejo e no setor de serviços. 
 
No entanto, conforme explicou Casagrande, apenas 4% dos 213 mil novos postos criados no Brasil em setembro correspondem a empregos temporários formais. “Boa parte do movimento sazonal ocorre na ampliação das jornadas e no aumento de trabalhos prestados como pessoa jurídica ou freelancer. Mesmo assim, o impacto econômico é relevante e reforça a importância do comércio local nesse período”, concluiu o economista da ACISC. 

Detalhamento adicional: potencial de ampliação das jornadas

Casagrande ainda destacou um ponto que merece atenção: o estoque de horas de trabalho ainda disponíveis na economia local, especialmente entre profissionais autônomos e prestadores de serviço.

“Quando olhamos para os dados da PNAD do IBGE, percebemos que há um contingente significativo de pessoas com horas insuficientes de trabalho. Isso significa que há espaço para o aumento das jornadas — seja por meio de mais horas trabalhadas, seja pela absorção de novas demandas em serviços terceirizados ou contratações temporárias”, explicou.

Essa observação indica que, mesmo sem um salto expressivo nas vagas formais, há potencial para crescimento da renda e da atividade econômica, impulsionado por maior utilização da força de trabalho existente.

Com isso, São Carlos segue fortalecendo sua base produtiva e se preparando para um fechamento de ano positivo em emprego, renda e consumo.