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Informativo Econômico ACISC nº 13
A análise da conjuntura econômica requer uma prática sistemática de acompanhamento com variáveis selecionadas. O Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) realiza o acompanhamento da economia brasileira através de diversas pesquisas aplicadas. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apresenta o comportamento do mercado de trabalho e os principais aspectos da nossa conjuntura.
Os resultados apresentados pelo IBGE são provenientes de diversas pesquisas e que podem ser conhecidas através deste link. No momento, analisamos os resultados trazidos sobre emprego e desemprego do mês de junho de 2019.
A taxa de desocupação, também conhecida como a taxa de desemprego, tem relevância enquanto indicador porque informa dentre de um ano ou biênio a capacidade da economia em criar novas oportunidades de trabalho. Para que essa taxa caia sistematicamente, as empresas do setor privado e o setor púbico de forma geral, ambos devem admitir mais do que demitir pessoas; e/ou o número de empregadores e pessoas ocupadas como trabalhadores por conta própria também deve ser maior do que a soma de empregadores e trabalhadores por conta própria que encerram suas atividades.
Quando a taxa de desocupação cai em razão do aumento do número de empregadores significa que mais negócios estão sendo criados, com ou sem CNPJ.
Na Tabela 1, a taxa de desocupação significa o total de pessoas que está na força de trabalho, que procura emprego na semana de referência da pesquisa do IBGE e não encontra. A força de trabalho é constituída pelos indivíduos em idade de trabalho (com 14 anos ou mais) que estão ocupados ou procurando emprego. O nível de ocupação compreende a divisão entre o total de pessoas ocupadas pelo total de pessoas na idade de trabalhar. A taxa de participação na força de trabalho compreende o porcentual de pessoas que estão na força de trabalho com relação às pessoas em idade de trabalhar.
A Tabela 1 informa, portanto, que a desocupação caiu no trimestre de abril a junho com relação aos trimesres anteriores, o nível de ocupação subiu e a taxa de participação na força de trabalho também cresceu. O aumento da taxa de participação na força de trabalho significa que pessoas que não estavam procurando emprego ou trabalhando agora estão. Quanto ao nível de ocupação significa que mais pessoas encontraram ocupações com alguma forma de rendimento.
Uma explanação do IBGE sobre os tipos de vínculos das ocupações colabora para o entendimento mais geral sobre o mercado atual. Segundo o instituto, “o número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusivamente trabalhadores domésticos) foi de 33,2 milhões de pessoas, subindo em ambas as comparações: 0,9% (mais 294 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 1,4% (mais 450 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018. Mas o número de empregados sem carteira assinada (11,5 milhões de pessoas) também subiu em ambas as comparações: 3,4% (mais 376 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,2% (mais 565 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018. O número de trabalhadores por conta própria (24,1 milhões) bateu novo recorde da série histórica e subiu nas duas comparações: 1,6% (mais 391 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,0% (mais 1.156 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018.
Completando o quadro das ocupações, o número de empregadores permaneceu estável ao longo dos trimestres (quatro milhões e trezentos e sessenta nove mil empregadores).
Como demonstrado no Informativo de 30 de julho, o mercado de trabalho de São Carlos criou 199 novas vagas de trabalho formal em junho. O total de emprego com carteira atingiu 74.549 postos. No mês anterior as demissões haviam superado as admissões em 60.
A cidade de São Carlos respondeu na mesma direção do movimento mais geral, ou seja, do país como um todo. A expectativa é que a qualidade dos empregos e das novas oportunidades de negócios venham a incorporar mais e mais jovens especializados com qualificações científicas e tecnológicas. Nesse movimento, o trabalho pouco ou menos qualificado também é, necessariamente, beneficiado.
Sobre
O Informativo Econômico ACISC é elaborado pelo Núcleo de Economia da ACISC em convênio com o Núcleo de Conjuntura, Finanças e Empreendedorismo do Departamento de Economia da UNESP Araraquara, sob a coordenação do Prof. Dr. Elton Eustáquio Casagrande e supervisão do Presidente da ACISC José Fernando Domingues.