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INFORMATIVO ECONÔMICO ACISC – 27 de outubro de 2021

Por Núcleo de Economia ACISC

Empregos e Rendimentos – o desafio do mercado de trabalho no Brasil com a queda da taxa de desemprego

A cidade de São Carlos apresentou crescimento no número de vínculos empregatícios celetistas no mês de setembro de 2021. O mercado de trabalho admitiu 3.252 pessoas e desligou 2.901, o que gerou um saldo positivo de 351 novos contratos. O total de vínculos é de 78.998.

Os setores da indústria, serviços, construção civil e agropecuária apresentaram expansão, enquanto o comércio reduziu 32 postos de trabalho. As reduções em sua maior parte no comércio aconteceram em hiper/supermercados, materiais de construção e comércio de reparação de veículos e automotores.

Na indústria houve crescimento de 140 novos contratos, ou seja, cerca de 40% do saldo total do mercado formal de trabalho local. O destaque foram as atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos; produtos alimentícios; instalação e reparação de máquinas; borracha e material plástico; material de informática, eletrônicos e ópticos.

O número de vínculos cresceu 0,45% no mês de setembro em relação ao mês de agosto corrente e 6,64% ao longo do ano, o que corresponde a 4.916 novos contratos.

A grande maioria dos novos contratos ocorreu na faixa etária de 18 a 24 anos, seguida da faixa de 30 a 39 anos. Cerca de 62% dos contratos tem escolaridade de ensino médio completo. O número de homens contratados atingiu 3.128 e de mulheres 1.788 ao longo de 2021.

Em termos de conjuntura nacional, o crescimento do emprego celetista e a taxa de desemprego são informações importantes para a economia e a sociedade, mas essas informações não podem ser dissociadas do poder de compra dos rendimentos.

Em primeiro lugar, tratando-se de quantidades do número de ocupações, com crescimento do emprego formal celetista, estabilidade do número de empregados no setor público, de empregadores e trabalhadores por conta própria, verificou-se que a taxa de desemprego no trimestre de junho a agosto de 2021 caiu para 13,2% (dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD/IBGE, jun-jul-ago/2021).

O emprego celetista cresceu em 313.902 no mês de setembro corrente, que correspondeu a uma variação de 0,76% em relação ao mês de agosto de 2021. O estoque de trabalhadores celetistas atingiu 41.875.905 milhões.

O total de pessoas ocupadas, que inclui celetistas, trabalhadores do setor público, empregadores, trabalhadores por conta própria e trabalho auxiliar familiar chegou a 89.042 milhões. Tal número corresponde a uma alta de 3,6% em relação ao trimestre anterior e uma alta de 8,6% com relação ao mesmo trimestre do ano passado, segundo os dados do IBGE (mai-jun-jul/2021).

O crescimento do saldo de emprego em setembro em todos os Estados brasileiros foi positivo. Os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco apresentaram os maiores saldos em termos absolutos.

Os dados registraram saldo positivo no nível de emprego nos 5 (cinco) Grandes Grupamentos de Atividades Econômicas: Serviços (+143.418 postos), distribuído principalmente nas atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+63.657 postos); Indústria geral (+76.169 postos), concentrado na Indústria de Transformação (+72.804 postos); Comércio (+60.809 postos); Construção (+24.513 postos); e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+9.084 postos).

Considerando-se, em segundo lugar, o poder de compra dos rendimentos, a disparada dos preços, encarecimento da energia, transações com transportes, custo dos insumos importados têm reduzido o poder de compra real dos rendimentos de trabalho. Os demais rendimentos, como juros, lucros, renda da terra e dividendos estão sendo preservados ou ganhando participação na renda nacional.

O salário médio da admissão de empregados com carteira assinada atingiu R$1.795,46 no território nacional, ou seja, uma redução de 1% com relação ao mês anterior, segundo dados da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia.

Para o conjunto das ocupações no Brasil, a queda de rendimentos foi de 2,9% para o trimestre de mai-jun-jul/2021 quando comparado ao trimestre de fev-mar-abr/2021. No trimestre de junho a agosto a queda dos rendimentos foi maior ante ao trimestre de maio a julho: -4,3% no valor real dos rendimentos.

O mercado de trabalho e as decisões de consumo estão favorecidas pelo aumento do contingente de pessoas com rendimentos, mas, por outro lado, estão prejudicadas pela queda do poder de compra dos rendimentos auferidos.

 

 

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