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INFORMATIVO ECONÔMICO ACISC – 24 de agosto de 2021
Por Núcleo de Economia ACISC
Conjuntura em 2021
O número atualizado de empresas no Brasil atingiu 18.102.214 e o Estado de São Paulo registrou 5.160.949, ou seja, 28,5% do total das empresas existentes, no mês de julho de 2021.
A cidade de São Carlos registrou 607 aberturas e 227 encerramentos, apresentado saldo líquido de 380 novos empreendimentos, com registros na Tabela 1. O número de empresas, portanto, cresceu nas regiões brasileiras.
Em 2020, o número total de empresas abertas em São Carlos atingiu 600 e 197 foram encerradas. Nos primeiros oito meses de 2021 o número de empreendimentos abertos superou a criação de atividades na cidade no primeiro ano da pandemia. E o número de encerradas em 2021 está próximo do número encerrado ao longo de 2020, como registrado na Tabela 1.
Como resultado, observa-se que o quadro econômico de alocação de riqueza em termos de criação de empresas está mais dinâmico do que em 2020 e poderá proporcionar maiores números de empregos ofertados.
Uma segunda informação relevante para o acompanhamento das tendências da economia do município é o comportamento dos pedidos de Seguro-Desemprego.
Nos primeiros sete meses de 2021 o total de pedidos de Seguro-Desemprego no Brasil atingiu 3.613.669 pedidos. O Estado de São Paulo foi responsável por 1.028.149 pedidos ou 29% do total do Brasil. Na cidade de São Carlos, o número de pedidos de Seguro-Desemprego atingiu 5.365.
Em 2020 o número de pedidos de Seguro-Desemprego em São Carlos foi de 6.029, ou seja, houve uma redução de 664 solicitações entre os meses de janeiro a julho de 2021 comparada ao mesmo período do ano passado.
No Estado de São Paulo a redução do número de Pedidos de Seguro-Desemprego atingiu 334.246. Em termos porcentuais, a redução das solicitações do Seguro-Desemprego atingiu 32,5% para o Estado e 11%% para São Carlos. No Brasil, o número de solicitações atingiu 4.521.220 e representou uma redução de 607.851 solicitações, que em porcentual representaram uma queda de 17,8% de solicitações no período de janeiro a julho de 2021, com relação ao mesmo período de 2020.
Para as três regiões, Brasil, Estado de São Paulo e cidade de São Carlos a redução tem ocorrido sucessivamente e considerado o saldo líquido de criação de empresas nas três regiões geográficas, observa-se uma melhoria nas condições de oferta ao longo de 2021.
Finalmente, é necessário observar o quadro geral de produção dos setores produtivos no Brasil, de acordo com as pesquisas de volume de produção. A indústria no mês de junho do ano corrente apresentou variação próxima a zero porcento, com relação ao mês de maio! Isto significa que o crescimento de setores produtivos como a Indústria de Bens de Capital +1,4%, foram anulados pela retração dos setores de Bens Intermediários, -0,6%; Bens de Consumo Duráveis -0,6%; e Bens de Semiduráveis -1,3%, todos em comparação com o mês anterior.
O comércio também apresentou retração no mês de junho de 2021, ou seja, queda de -1,7% relação ao mês de maio. O volume de vendas do setor de serviços contrariou as reduções dos dois primeiros setores. O volume de vendas do setor de serviços cresceu 1,7% com relação ao mês de maio do ano corrente.
Se na indústria o Estado de São Paulo registrou queda da produção industrial de -0,9% e no comércio de -0,3%, no setor de serviços ocorreu expansão de 0,5% em junho. As alterações no conjunto dos setores são discretas e representam ajustamentos de estoques e ritmo de produção. Há aspectos sazonais e comportamento regional com especificidades importantes.
O saldo da análise é uma estabilidade da atividade econômica no mês de junho e, diante do quadro do aumento da inflação, o que ocorre é uma redução do poder de compra da população.
A expansão do emprego formal em 2021 manteve-se e não é esperada redução da taxa de desemprego, pelo contrário. É esperado que essa taxa possa subir porque o contingente fora da força de trabalho cresceu muito ao longo da pandemia.
Com pequenas melhorias da atividade econômica, mais pessoas podem decidir procurar emprego e não encontrando, fará a taxa de desemprego subir. Portanto, o contingente que poderá buscar emprego pode superar o contingente que o encontrará, explicando assim o aumento do desemprego.