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INFORMATIVO ECONÔMICO ACISC – 09 de fevereiro, 2021
COMÉRCIO EXTERIOR
O cenário externo comercial é importante para a demanda agregada e o comportamento do emprego nas cidades brasileiras. A capacidade de estabelecer contratos de exportação e de importação depende da qualidade tanto produtiva quanto gerencial das empresas. É uma matéria da microeconomia, mas com muitos elementos que interferem na macroeconomia e na conjuntura nacional.
Na dimensão das cidades, as exportações de São Carlos cresceram em 13% em valor em janeiro passado quando comparado com janeiro de 2020. A queda de quilogramas embarcados de 5%, no mesmo período, foi compensada pelo valor exportado. O crescimento das exportações fortalece a arrecadação, no plano fiscal, a capacidade financeira das empresas e sua estabilidade no plano econômico.
As importações da cidade (não apresentadas em Tabelas) atingiram $34,1 milhões com saldo comercial, portanto, de $ 4,83 milhões. No ranking do Estado de São Paulo São Carlos mantêm-se estável na 21ª posição e na 77ª posição entre os municípios brasileiros.
Com a presença em mercados externos, existe um efeito positivo da indústria local para com os demais setores produtivos, em particular, o de serviços especializados a empresas. Não necessariamente os fornecedores sejam residentes do município. Mas a massa salarial e recolhimento de tributos são relevantes para o comércio da cidade e para arrecadação do Estado e do próprio município.
A indústria mecânica, com motores de pistão, foi responsável por 55% do valor exportado, seguido produtos lápis e gizes para escrever ou desenhar com 15% do valor exportado. Os produtos da linha de turborreactores e ferramentas pneumáticas compreenderam 6,5 e 6,3% das exportações.
Em termos de países, as exportações do munícipio, por ordem de grandeza se destinaram a: México, Estados Unidos, América do Sul, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha e Suécia. Na África, as exportações foram para os mercados do Egito, Tanzânia, África do Sul. Iraque, Índia, China, Austrália foram também destinos.
No cenário nacional o saldo da Balança Comercial brasileira foi deficitário em $ 1.125 bilhão, em particular, devido a aquisição de uma plataforma de petróleo no valor de $ 1.429 bilhão.
Os números em fevereiro ainda são prematuros, mas os dados do Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços apontam para redução de exportação de produtos da agropecuária como: soja, café torrado, frutas e nozes não oleaginosas, animais vivos, pescados e especiarias. Todas essas reduções foram acompanhadas ainda por quedas também na indústria de transformação, como: óleo combustível de petróleo, minerais, ferro-gusa, ferro- esponja, válvulas, caldeiras e carne bovina fresca.
A variedade de produtos em queda demonstra também que no curto prazo esses setores podem se ressentir em termos econômicos. Contudo, o comportamento dos mercados depende dos contratos e do tempo de produção.
Há também expansão das vendas de outros setores, como: farinha de soja, de carne; aeronaves e equipamentos e ouro não monetário.
Quanto as importações a constatação do aumento de compras de adubos ou fertilizantes químicos, alumínio; válvulas e tubos termiônicos, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores e produtos residuais de petróleo e materiais relacionados mostra que a produção nacional está forte.
Na Agropecuária, os maiores aumentos de compras do exterior foram de milho não moído, cacau em bruto ou torrado e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais. Já na Indústria Extrativa, os destaques foram os crescimentos de importações de pedra, areia e cascalho, outros minerais em bruto e carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado.
Tais mercadorias estão diretamente relacionadas com insumos para produção, o que também demonstra que o setor está com planejamento otimista para 2021.