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INFORMATIVO ECONÔMICO ACISC 09/03

Trabalho feminino em São Carlos

Dentre diversas abordagens para a questão de gênero e mercado de trabalho, elegeu-se neste informativo os dados do IBGE – estatísticas sociais - https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/30172-estatisticas-de-genero-ocupacao-das-mulheres-e-menor-em-lares-com-criancas-de-ate-tres-anos - e os dados do “Programa de Disseminação Estatística do Trabalho – PDET” do Ministério da Economia. Para esta última fonte, trata-se dos dados do mercado formal e se referem ao ano de 2020. As informações para 2021 estão atrasadas e comunicadas com um novo calendário pelo Ministério.

A primeira dimensão do emprego feminino que o IBGE divulgou a partir das informações mais recentes (2019) é o nível de ocupação de homens e mulheres em lares com e sem crianças e suas faixas etárias. De maneira geral, o nível de ocupação das mulheres em lares com crianças é menor do que os homens. As mulheres também gastam o dobro do tempo com tarefas domésticas do que os homens.

Uma segunda diferença a mencionar é os rendimentos e os cargos de gerência. Apesar de serem mais instruídas do que os homens as mulheres ocupavam em 2019 37% dos cargos de gerência e recebiam 77% dos rendimentos dos homens.

Essa diferença influencia negativamente a renda familiar e o potencial de consumo, inclusive das mulheres. A equalização de rendimentos causaria efeitos benéficos para organização familiar, social e educacional.

Do total da população feminina o IBGE mostra que 54,5% participava da força de trabalho, enquanto entre os homens o porcentual é de 73,7%.

Em termos de trabalho formal, os dados ainda de 2020 são relevantes para compreender as dimensões e diferenças entre homens e mulheres no mercado. A Tabela 1 oferece uma perspectiva regional para admissões, desligamentos e saldo dos trabalhos com carteira assinada para o somatório de homens e mulheres:

A Tabela 2 apresenta para as regiões os mesmos itens da Tabela 1, mas com a divisão entre homens e mulheres. O porcentual de homens admitidos pelo total atingiu 62,2% e 37,8% de mulheres para o Brasil. No Estado de São Paulo os homens admitidos atingiram o porcentual do total e em São Carlos 62,8%. Nota-se o comportamento simétrico quanto as contratações entre homens e mulheres nas três regiões.

Quanto aos desligamentos, o porcentual de homens demitidos foi maior do que o porcentual de mulheres, devido, inclusive a predominância absoluta de homens no mercado de trabalho.

Finalmente, quanto ao saldo, o número de postos de trabalho formal no Brasil foi reduzido para as mulheres em -87.604; em -47.121 no Estado de São Paulo, que por sua vez, foi responsável por quase a metade dessa redução em relação ao Brasil; e positivo para São Carlos.

A pauta deste informativo, inspirada na semana Internacional da Mulher, deve manter-se como parte do observatório regular, da mesma maneira que outras qualificações, como mercado de trabalho e escolaridade e rendimentos.

 

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