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INFORMATIVO ECONÔMICO ACISC – 07 de outubro
Por Núcleo de Economia da ACISC
Conjuntura, Feriados e Vendas do Varejo no Brasil
As restrições sanitárias estão sendo reduzidas nas cidades brasileiras e com isso a mobilidade e a interação social estão aumentando. Com a recuperação do emprego formal, que mês a mês tem crescido nas cidades e macrorregiões, e a redução da taxa de desemprego, as expectativas mais otimistas tendem a se consolidar no cenário de curto prazo.
No feriado de 12 de outubro há condições favoráveis ao turismo regional e a vendas ao consumidor nas cidades brasileiras. A comparação com 2020 não traduzirá o verdadeiro desempenho. Com os dados de 2019 atualizados pela inflação, a comparação torna-se mais pertinente, caso o empresário do comércio queira comparar as vendas deste ano com as vendas em 2019.
É fato que as vendas no varejo caíram no mês de agosto com relação ao mês de julho deste ano. A queda foi de 3,1%. Contudo, nos últimos 12 meses o varejo no Brasil cresceu 5%; e no período de janeiro a agosto o crescimento foi de 5,1%!
A queda de 3,1% no mês de agosto é parte de um ajuste do próprio mercado de trabalho e só se tornará uma preocupação se os consumidores no mês de outubro reduzirem sua demanda junto ao varejo.
A queda das vendas em agosto ocorreu em 24 das 27 unidades da Federação, portanto, foi um movimento de retração do consumo em termos macroeconômicos. É preciso entender os grupos de atividades que registraram queda de vendas e os grupos que registraram aumento de vendas.
Observa-se da Tabela 1 que as maiores quedas do consumo ocorreram: 1) artigos de uso pessoal e doméstico; 2) equipamentos e materiais de escritórios; 3) combustíveis; 4) materiais de construção; 5) móveis e eletrodomésticos.
Algumas razões para esses recuos. O preço da gasolina aumentou 31% em 2021; o diesel aumentou 28%; e o etanol 62%! Tal aumento promove reajuste das decisões de consumo e faz com que o consumidor transfira seus gastos para financiar os gastos com transporte.
O mês de julho foi de interrupção de muitas atividades, inclusive escolares, apesar de movimentos de adaptação durante a pandemia. Artigos de escritórios foram menos consumidos.
No segmento do varejo denominado de “artigos pessoais e domésticos” há uma grande variedade de itens como: 1) armarinhos; 2) alarmes eletrônicos de uso doméstico (não de instalação ou manutenção); 3) artigos de borracha para habitação; artigos de madeira, plásticos, vidros, porcelanas etc.
Os artigos acima parecem ter caído na preferência do consumidor devido a necessidade de deslocar a renda para outros artigos prioritários. O fato muito positivo é que ocorreu crescimento excepcional de emprego no setor do comércio varejista paulista em agosto!
Segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo ...” A reabertura das atividades acionou uma demanda represada nos segmentos mais impactados pela pandemia e por suas restrições. Com quadros enxutos, agora, estes setores estão gerando vagas, apesar da alta inflacionária, do endividamento das famílias, dos juros ao consumidor e do desemprego – que, a despeito de impactarem a conjuntura econômica em geral, ainda não reverteram o processo de geração de empregos”.
O balanço final é uma expectativa otimista de vendas do varejo para a capital paulista e para a cidade de São Carlos. Nos oito primeiros meses do ano o mercado formal de trabalho cresceu, as exportações da cidade foram expandidas tanto em quilogramas quanto em valor nominal em moeda estrangeiro e o número de empresas abertas também cresceu na cidade.
Em termos porcentuais o crescimento das vendas do varejo com relação ao ano de 2020 será maior. E deverá retornar ao patamar próximo ao ano de 2019. Abaixo, reproduzimos a Tabela do IBGE com todos os detalhes importantes para o empresário do comércio.