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INFORMATIVO ECONÔMICO ACISC 01/04/2020

SÍNTESE DAS MEDIDAS DO BANCO CENTRAL DO BRASIL PARA ENFRENTAR A PANDÊMIA: R$ 1.216 BI ou 16,7% do PIB

A redução adicional do compulsório reduz a exigência para os Bancos manterem as provisões obrigatórias sobre os depósitos à vista. Bancos fazem empréstimos a partir do volume de recursos que recebem em depósitos. O BC já havia liberado R$ 50 bilhões e mais recentemente liberou R$ 68 bilhões para amparar o crédito e operações de salvamento.

Problema: Bancos farão alguma análise de crédito e o acesso a esses recursos será assimétrico.

Para enfrentar a assimetria o Banco Central promoveu o aperfeiçoamento nas regras de cobertura da liquidez dos Bancos. Isto significou a redução de R$ 86 bilhões na necessidade das instituições financeiras carregarem em ativos para proteger-se contra a inadimplência.

Problema: o sistema pode sofrer com a baixa agilidade para permitir que os recursos fluam para as empresas e pessoas físicas.

Para atender a necessidade de agilidade o Banco Central dispensou o provisionamento para as negociações das operações de crédito. Isto facilita a renegociação dos prazos e valores e favorece a fluidez do sistema econômico, através de vias financeiras. O foco são os adimplentes de forma a manter o sistema equilibrado.

As medidas só poderiam ser completadas com a redução acional de Conservação de Capital Principal dos Bancos. O significado é que os níveis de segurança bancária foram propositalmente baixados porque segurança maior significaria falência do sistema.

Títulos soberanos em dólar: o BC começou a fazer oferta de liquidez em dólares adquirindo obrigações de revenda de títulos soberanos do Brasil (Global Bonds) que estão no portfólio das Instituições Financeiras. Isso oferece liquidez aos sistema de crédito. Outra medida de alcance foi a ampliação do Fundo Garantidor de Créditos para que as Instituições Financeiras pudessem ampliar suas linhas para capital de giro das empresas. (Ainda nesta linha ver a flexibilização nas Letras de Crédito do Agronegócio LCAs).

O Banco Central abriu canais para socorrer instituições financeiras com lastro em títulos privados, além das reservas compulsórias que as instituições mantêm no próprio Banco Central. Essa é uma forma de garantir a solvência da própria Autoridade Monetária. Ao financiar bancos, quando necessário, os bancos também podem recomprar suas próprias letras financeiras. Com isso, os detentores desses papéis (em sua maioria, fundos de investimento) terão maior facilidade para resgatar os recursos aplicados, caso necessário. Dessa forma, o sistema monetário cria um elo entre Banco Central – Bancos Comerciais – Fundos de Investimento.

Problema: O financiamento do sistema para dentro da economia está assegurado, mas e quanto a problemas cambiais?

A solução oferecida pelo BC é a permissão para que os Bancos deixam de ser obrigados a deduzir do seu capital os efeitos tributários das operações de hedge de moeda estrangeira para sua participação em investimentos no exterior, um dos mecanismos usados pelos bancos para se protegerem das variações cambiais. Tal efeito

A medida dará segurança para as instituições financeiras implementarem, ou mesmo para ampliarem, seus planos de concessão de crédito. Tal medida combinada com a injeção de recursos de prazos mais longos pelo BC via operações compromissadas com lastro em títulos públicos para que o Sistema Financeiro Nacional obtenha liquidez com prazos mais longos.

Acompanhada dessa medida o BC reduziu o spread de nivelamento de liquidez para os bancos. Com isso os possíveis déficis de liquidez encontrarão também menores custos.

Solução de Escala. A Autorização para fintechs emitirem cartões de crédito e se financiarem no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

As Sociedades de Crédito Direto (SCD) e as Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP) são importantíssima. As fintechs, como explica o BC, usam plataformas eletrônicas para levar serviços financeiros e crédito até mesmo para clientes com menor acesso a serviços financeiros, incluindo micro e pequenos empresários De acordo com o BC a emissão dos cartões e a possibilidade de financiarem suas operações com recursos de repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), serão um canal ainda mais importante para a realização de políticas públicas.

O “próximo giro da roda” dependerão das decisões dos agentes bancários e financeiros utilizarem os recursos para financiar a economia Real por um lado; e por outro, da qualidade das decisões dos agentes privados: empresas e consumidores.

Sobre

O Informativo Econômico ACISC é elaborado pelo Núcleo de Economia da ACISC em convênio com o Núcleo de Conjuntura, Finanças e Empreendedorismo do Departamento de Economia da UNESP Araraquara, sob a coordenação do Prof. Dr. Elton Eustáquio Casagrande e supervisão do Presidente da ACISC José Fernando Domingues.

 

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