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AS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E OS CHOQUES NA OFERTA AGREGADA
Uma abordagem em Ciências Econômicas trata dos efeitos da oferta agregada para o conjunto da economia. A oferta agregada compreende um conceito baseado nas seguintes variáveis a saber: 1) Quantidade de trabalho ofertado em horas; 2) Quantidade de máquinas e equipamentos – estoque de capital disponível para utilização; 3) Tecnologia predominante; 4) Salário médio; 5) Estrutura de concorrência – baixa, média ou alta concorrência dentro de setores produtivos; 6) Impostos indiretos; 7) Margem de lucro.
As empresas são a parte demandante de trabalho e as pessoas, na condição de trabalhadores, são os ofertantes da força produtiva. Essa força produtiva em horas-trabalho é combinada dentro das empresas com o estoque de capital fixo. A partir do processo produtivo, com base no perfil tecnológico existente, formam-se: 1) Os produtos e serviços ofertados para comercialização no mercado; 2) A renda nacional, pelo pagamento dos rendimentos agregados e que se classificam em salários, lucros, dividendos, royalties, aluguéis, juros e arrendamento da terra.
Um choque de oferta recente foi provocado pela pandemia, que interrompeu a produção, ou seja, as condições da oferta antes da queda da demanda agregada. As pessoas na forma de consumidores, empresários e entidades como o Governo tinham potencial de aquisição de bens e de serviços, mas o fluxo da produção foi interrompido.
No mês de dezembro de 2022 e janeiro deste novo ano, o efeito das chuvas (inundações e alagamentos) produziu um choque de oferta, ou seja, destruição de empresas com efeitos diretos sobre a demanda. Alagamentos, perdas de mercadorias, destruição de vias públicas, redes de saneamento e distribuição de eletricidade produziram perdas de empregos, renda e de riqueza. O volume pluviométrico não é mais administrável nos centros urbanos. Logo, haverá baixas ou perdas declaradas pelas empresas em seus balanços patrimoniais.
Áreas urbanas com enchentes e inundações recorrentes perdem valor anualmente e a arrecadação do imposto territorial urbano (IPTU) não poderá ser mantido com crescimento acima da inflação. O valor do IPTU para áreas com impacto ambiental deve ser imediatamente revisto.
O capital de giro das empresas comerciais e de serviços foi afetado na maioria dos negócios no quadrilátero central da cidade de São Carlos. A fragilidade financeira tornou-se predominante com efeitos sobre o emprego da cidade. A contabilização da riqueza destruída (mercadorias em estoque, edificações, redes elétricas e de saneamento, estoque de capital produtivo – equipamentos e móveis, veículos etc) pode ser estimada.
Essa perda impede o fluxo regular dos negócios, reduz os rendimentos e atinge a capacidade de demanda agregada da cidade de São Carlos. A cidade é gerida há décadas sob um sistema pluvial anacrônica para o qual plano Diretor algum deu resposta satisfatória. É a mais evidente consequência da incompetência, obscurantismo político e desperdício do conhecimento científico acumulado.
Em termos da Ciências Econômicas, a recorrência das enchentes e inundações provoca uma destruição também recorrente de capital social, com consequências à saúde física, mental e emocional das pessoas e da condição empresarial e do trabalho da cidade.
Segundo o site do INPE - file:///C:/Documents/Previs%C3%A3o%20de%20Tempo%20-%20S%C3%A3o%20Carlos%20_%20SP%20%20Centro%20de%20Previs%C3%A3o%20de%20Tempo%20e%20Estudos%20Clim%C3%A1ticos%20-%20INPE.htm, a previsão para a semana é problemática, diante da obra inacabada que colaborou com o aumento das inundações em 2022, na rotatória de acesso ao Shopping center.
Abaixo, Figura com variáveis climáticas são apresentadas para São Carlos, com destaque para primeira que informa a precipitação da semana.