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Ansiedade Social e Gestão sob Flexibilização do Isolamento

O desafio para os empresários de maneira geral é incomparável a qualquer fato histórico dos últimos 20 anos. Nem mesmo a Crise Financeira de 2008 pode ser utilizada como referência.

O retorno das atividades está cercada de dois grandes riscos, ambos de pouco controle dos indivíduos e também pelos empresários na organização e gestão dos negócios: i) risco de contagio; ii) risco financeiro. Ambos estão conectados pelo ambiente que, em última instância, só se explica pelas condições de controle sanitário.

O Porto Seguro da economia é o SUS! Todo suporte às condições sanitárias do município e a capacidade de tratamento do sistema de saúde é que irá determinar as expectativas das pessoas. E, portanto, da disposição de reinventar atividades, buscar soluções para os negócios etc.

O convício social deverá estar cercado de cuidados para evitar contágio e complicações trabalhistas no espaço de trabalho. Um outro risco é que se a população se sentir insegura custos e despesas de funcionamento das atividades não essenciais irão aumentar e as receitas poderão diminuir ainda mais.

Como a grande maioria dos analistas tem informado, a pandemia e a economia estão conectadas, mas de forma oposta: a redução dos contágios levará a menor problema econômico e vice-versa.

Se a caracterização acima requer testagem em massa, sabe-se que isso não tem sido feito. Logo, as comprovações poderão gerar incertezas sobre as dimensões da própria flexibilização.

O risco financeiro se origina na iliquidez ou liquidez reduzida das atividades empresariais. Passivos em negociação e receitas e recebíveis em queda. Com a interrupção das aulas, estima-se que aproximadamente R$ 20.000.000,00 de Reais mês deixam de ser gasto por estudantes residentes de outras cidades.

Nessas circunstância, os estoques, serão uma quase moeda (por existir demanda a um certo preço) ou então uma não moeda em função das necessidades e capacidade de pagamento dos consumidores. No último caso, o empresário terá de dispor de poupança acumulada para reativar sua atividade.

A avaliação dos estoques, quantidade e perfil, será importante e prioritária para que um negócio continue. Mercadorias que podem se tornar não tão necessárias perdem espaço. Logo, duas saídas podem ser apontadas: i) reavaliação do portfólio de produtos e serviços oferecidos com possível adequação do objeto social da empresa; ii) reestruturação de seu modelo de atuação (para evitar o clichê do termo modelo de negócio). Obviamente está implícita a combinação de ambas.

Em um cenário mais difícil, ou seja, de baixo giro de estoques, então a estratégia recomendada neste momento é de observação. Uma opção equivocada poderá custar muito mais do que aceitar um momento de “espera”, mais do que os 60 dias que passaram.

 

O VALOR EXATO ACISC é elaborado pelo Núcleo de Economia da ACISC em convênio com o Núcleo de Conjuntura, Finanças e Empreendedorismo do Departamento de Economia da UNESP Araraquara, sob a coordenação do Prof. Dr. Elton Eustáquio Casagrande e supervisão do Presidente da ACISC José Fernando Domingues.

 

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