A Informalidade de Trabalho e de Empresas

A informalidade do trabalho e das empresas no Brasil é uma questão grave e persistente. O assunto merece atenção dos Governos (Federal, Estadual e Municipal) e das Associações de Classe. As evidências demonstram lacunas e impropriedades tributárias, incentivos fiscais contraditórios e muitos outros aspectos que requerem um enfrentamento institucional.

A informalidade representa um sinal grave de empobrecimento da sociedade e a depreciação de ativos produtivos. Além disso, as evidências representam também formas precárias no exercício das atividades produtivas e prejuízos ao aprendizado empresarial.

A reforma trabalhista realizada no Governo de Michel Temer pode ser criticada, mas representou uma equalização de entendimentos diversos que ocorriam em função das decisões assimétricas dos Tribunais do Trabalho nos estados brasileiros.

Na Tabela 1, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar – PNAD do IBGE ilustram a problemática. Utilizamos os dados trimestrais, então as informações disponíveis são do quarto trimestre de 2023.

TABELA 1 DISTRBUIÇÃO DAS OCUPAÇÕES FORMAIS INFORMAIS NO BRASIL

 

 

Out – dez de 2022

Out – dez de 2023

Empregados do Setor Privado

50.094

51.499

Com Carteira de Trab.

36.858

37.973

Sem Carteira de Trab.

13.236

13.527

Empregados Domésticos

5.833

6.037

Com Carteira de Trab.

1.492

1.422

Sem Carteira de Trab.

4.342

4.614

Empregados do Setor Público

12.130

12.202

Com Carteira de Trab.

1.410

1.461

Sem Carteira de Trab.

2.972

3.063

Militares e Estatutários

7.747

7.678

Empregadores

4.248

4.221

Com CNPJ

3.435

3.401

Sem CNPJ

814

820

Trabalhadores por Conta Própria

25.468

25.615

Com CNPJ

6.902

6.453

Sem CNPJ

18.566

19.162

               FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE.

 

Na Tabela 1 destacamos em negrito a informalidade em termos quantitativos. A informalidade empresarial é tão ou mais grave do que a do trabalho. Isso porque os vínculos formais dependem da existência de empregadores e do trabalho por conta própria (organizados segundo a natureza jurídica, por exemplo de Microempresário Individual). Em todas as ocupações, a informalidade cresceu em 2023 em relação ao mesmo período de 2022.

 

(Redação: Elton Casagrande)

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