A economia do rio grande do sul – dados de janeiro a abril de 2024.

Em função dos efeitos climáticos no Rio Grande do Sul, acreditamos que é instrutivo oferecer um panorama geral da produção setorial do estado gaúcho. Quanto mais a imprensa colaborar em apresentar os setores econômicos atingidos, melhor podem ser as definições de políticas emergenciais, planos econômicos de recuperação e de ação imediata.

AGRICULTURA

A fonte da informação é do IBGE, através do link: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola | IBGE. Com os dados oferecidos, é possível observar que a área de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas é de 13,3% do total de hectares do Brasil. O estado gaúcho é o terceiro maior em área nessas culturas, depois de Mato Grosso e Paraná. Os produtos agrícolas mais expressivos são: 1) Soja; 2) Arroz; 3) Milho; 4) Trigo; 5) Mandioca, aveia, uva, cana, laranja e fumo; 7) Gado Leiteiro e de Corte; ovos (granjas);

EMPRESAS

A fonte da informação é do MAPA DE EMPRESAS, através do link: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola | IBGE

O Rio Grande do Sul conta com 1.416.749 empresas registradas no estado. O número corresponde a 6,5% do total de empresas do Brasil que totaliza 21.510.766.

O número de empresas por atividade econômica está distribuído em um grande número. Selecionamos abaixo alguns segmentos importantes.

Na Agropecuária:

 Abates de maneira geral: 655 unidades.

Cultivo, principalmente de soja, arroz, pinus, maçã, eucaliptos, flores, uva, milho, frutas: 2.863 unidades.

Na Indústria, Comércio, Serviços e Construção Civil:

Comércio: 357.093.

Serviços: 237.607

Fabricação de bens processamentos – inclui agroindústria: 88.104.

Cabelereiros, pedicure e manicure:51.229

Obras de Engenharia: 50.964.

Promoção de vendas:40.422.

Bares: 11.709.

Educação: 3.397.

EMPREGO

A fonte de dados dos vínculos formais de trabalho está em: Novo CAGED (mte.gov.br).

O total de emprego ou vínculos formais é de 2.828.757 no Rio Grande do Sul. O número corresponde a 6,1% do total de trabalho formal do Brasil, que é de 46.236.308 milhões de vínculos. A taxa de desemprego do RS em dezembro de 2023 era de 4,9%.

A distribuição do contingente com vínculos formais entre os setores produtivos está da seguinte forma: 1) Serviços – 1.193.898; 2) Indústria – 742.084; 3) Comércio – 649.642; 4) Construção Civil: 135.594; 5) Agropecuária – 105.539. 

Segundo o IBGE, as demais ocupações, além do trabalho com vínculo formal, há aproximadamente 1.162.243 pessoas em condições de emprego informal.

Há ainda, 318 mil empregadores e 1.514 milhão de pessoas com atividade por conta própria. Em ambos os casos, contabiliza-se as atividades com e sem CNPJ.

BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO

A fonte de informação para os dados abaixo está no link: Comex Stat - ComexVis (mdic.gov.br).

O estado do Rio Grande do Sul exporta: 1) Tabaco (11%); 2) Farelo de soja e outros alimentos (8,11%); 3) Carnes e aves (7,2%); 4) Celulose (5,5%); Os Demais produtos industriais (4,1%); Polímeros (3,4%) e Calçados (3,3%). 

As importações do estado são: 1) Adubos e fertilizantes (12%); 2) Óleos combustíveis de petróleo 5,4%; 3) Veículos para transporte de mercadorias (8,7%); 4) Veículos e automóveis de passageiros e demais produtos da indústria de transformação (7%).

O estado do RS foi superavitário em US$1.775,7 um bilhão, setecentos e setenta e cinco milhões de dólares de janeiro a abril de 2024; historicamente o estado do RS tem a balança superavitária.

Efeitos das Inundações:

Quebra de parte da safra de soja; possivelmente milho e trigo; frutas e demais culturas;

Perda de rebanho de bovinos e aves, principalmente;

Dificuldades para cumprimento de contratos de exportação e de importação;

Perda da autonomia da frota urbana e produtiva;

Destruição de empregos e larga escala. Projeção: >150.000 postos diretos nos próximos três meses.

Paralização e precarização do sistema de saúde.

Elevação do grau de endividamento de consumidores e de empresas;

Inadimplência com relação aos serviços públicos (tarifas de energia elétrica, água, taxas de lixo etc).

Impedimentos para a recepção de estoques; 

Destruição de ativos produtivos e incapacidade de gerar renda no período de um ano;

Limpeza de resíduos das áreas públicas e particulares.

Perda parcial ou total do ano letivo;

Destruição de estradas, pontes de acesso e dispositivos rodoviários.

Interrupção das atividades do aeroporto de Porto Alegre.

Perda na participação de mercado das empresas gaúchas.

 

(Redação: Elton Casagrande)

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